Segundo as projeções mais recentes da ONU, no ritmo de uso e do crescimento populacional, nos próximos 30 anos, a quantidade de água disponível por pessoa estará reduzida a 20% do que temos hoje. Cerca de 480 milhões de pessoas são hoje alimentadas com grãos produzidos com extração excessiva dos aqüíferos.
A Guerra pela Água
O mundo está descobrindo que a escassez de água não é uma questão exclusiva de quem mora em regiões desérticas. Neste século, a água está se tornando a questão central por trás dos grandes conflitos no planeta. E deveria preocupar os brasileiros também.
Brasil - um país privilegiado
O Brasil é um país privilegiado num planeta sedento. Tem cerca de 14% de toda a água doce que circula pela superfície da Terra. Mas a distribuição dessa abundância é desigual.
Cerca de 80% da água disponível está na Bacia Amazônica por outro lado maior parte da população - e da atividade econômica - do país está em grandes centros urbanos na região sudeste, mais próximo da bacia do Prata, onde a oferta de líquido potável é cada vez mais escassa.
São Paulo - a maior cidade do país importa água
A maior cidade do país, São Paulo, está perto do limite. O volume de água de rios e represas disponível hoje é praticamente igual à demanda da população.
A metrópole, de certa forma, já importa água. As represas da região metropolitana, abastecidas por nascentes, só dão conta de metade do consumo da cidade. O resto é bombeado da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, cujas águas naturalmente correriam pelo interior do Estado.
Brasil - O Conflito Já Começou
A disputa pela água no Brasil já deixou o Agreste nordestino, chegando ao Sul e Sudeste. Estudo da ONU menciona conflitos pelo uso da água dos rios Paraíba do Sul, Piracicaba, Capivari - na Região Sudeste.
Na região metropolitana de Porto Alegre, cidades como Santo Antônio da Patrulha, Gravataí, Alvorada e Cachoeirinha, uma área, que reúne 650 mil habitantes, no verão, a estiagem faz a vazão do rio Jacuí cair 40%. Nos anos mais críticos, o Ministério Público precisa intervir para garantir a prioridade da população e não para a atividade agrícola.
Privatizar é a tendência mundial
Os defensores da privatização afirmam que só ela é capaz de gerar recursos para a exploração e gestão da água. Trata-se de um fator essencial no caso de países como o Brasil, onde o desafio ainda é garantir água tratada para todos.
Hoje, 10,7% dos domicílios do país não têm água encanada e 23,3% não contam com rede de esgotos. O Ministério das Cidades estima que seria preciso investir R$ 178 bilhões para que os brasileiros tenham água e esgoto até 2020.
O preço da água
No Brasil, já há iniciativas como o Comitê de Bacias do Rio Paraíba do Sul, uma região que concentra indústrias entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
As empresas instaladas na região pagam para tirar água do rio e para devolvê-la à rede de esgoto. Quanto mais poluída estiver a água, maior o preço. Isso resultou na implantação de métodos mais eficientes para usar o recurso, diminuindo o consumo e aumentando o índice de reutilização de água.
Escassez de água no Brasil?
Como entender a escassez de água no Brasil, quando aprende-se na escola que o país tem a maior bacia hidrográfica do planeta e foi abençoado com chuvas tropicais abundantes. Mas o país mal dá conta de abastecer sua população. Sem uma mudança nessa auto-imagem, é complicado estimular o uso racional do recurso. A taxa de água não reflete sua escassez nos rios.
Estratégias para o uso racional
Precisamos começar a agir agora para não termos problemas no futuro. A primeira ação é usar a água de forma eficiente e adotar tecnologias mais eficazes. Hoje algumas empresas constroem condomínios residenciais com cuidados extras no uso da água. Como por exemplo a água do chuveiro e da pia dos banheiros é tratada e reutilizada nos vasos.
A água coletada da chuva é usada para irrigar os jardins. Os chuveiros também têm redutores de vazão. As torneiras só liberam água quando você aperta um botão. O sistema, chamado temporizador, é cada vez mais comum em sanitários públicos, mas não nas casas. Esses cuidados podem reduzir em até 30% a taxa do condomínio.
Respeito ao meio ambiente
Outra estratégia para evitar uma futura escassez de água no Brasil é algo que parece evidente: parar de matar as nascentes.
O desmatamento e a pavimentação do solo, para construir casas e estradas, estão secando os mananciais de água pura que alimentam rios e lagos. Esse é o drama de São Paulo, uma cidade cuja periferia cresce com favelas que ocupam irregularmente o último cinturão verde.
O preço da água potável
Captar e distribuir água de uma represa limpa é 200 vezes mais barato que fazer o mesmo com a água poluída que escorre de bairros residenciais ou zonas industriais.
"Esse incentivo econômico é nossa esperança para desestimular quem acha que é melhor cortar a floresta para criar um loteamento clandestino", diz o engenheiro florestal João Guimarães, da Boticário.
A intenção é evitar que os sitiantes de São Paulo destruam as nascentes da água que, por ironia, os próprios sitiantes bebem - o retrato fiel de um país que ainda vive a ilusão da abundância.
Prof. Silvio Araujo de Sousa
Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2617/1/AGUA---FALTA-DE-AGUA-NO-BRASIL/Paacutegina1.html
O Cuidar da Água
domingo, 30 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Projeto "O Cuidar da Água" é divulgado pela TV Claret
A 6ª feira de Tecnologia do Trajano Camargo teve divulgação de seus projetos no Programa CULTURA E MEIO AMBIENTE, da Jornalista Talita Requena. Na reportagem exibida dia 15 de outubro pela TV Claret, o nosso projeto foi entrevistado e divulgado.
Segue abaixo o vídeo da reportagem:
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=gqF3u1e3UzA
Segue abaixo o vídeo da reportagem:
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=gqF3u1e3UzA
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Cresce risco de racionamento de água no interior de SP
Parte dos 5 milhões de habitantes dos municípios que compõem as bacias Piracicaba-Capivari-Jundiaí (PCJ) corre o risco de racionamento, aumento de até 15% no valor das contas de água e até mesmo interrupção no abastecimento. "Nossa disponibilidade hídrica no estio é de 400m3/habitante/ano. Para se ter uma ideia, no Oriente Médio a disponibilidade hídrica média é de 450m3/habitante/ano", compara Francisco Lahóz, presidente do Consórcio PCJ, associação de gestores e empresários que faz parte do Comitê das Bacias de mesmo nome.
De acordo com a ONU, uma disponibilidade hídrica inferior a 1.500 m3 habitante/ano já é considerada estresse hídrico. "Só não estamos no caos total porque temos um gerenciamento de primeiro mundo", diz Lahóz. O risco de racionamento se renova a cada ano. Desde 2004, o Sistema Cantareira está sob o regime de gestão compartilhada, administrado com a participação das bacias que mantêm os principais mananciais fornecedores de água.
O gerenciamento de ponta estabelecido com esta concessão, porém, vem se deparando, há dois anos, com um limitante não previsto: o esvaziamento do banco de águas dos municípios que compõem as bacias PCJ. O motivo: o excesso de chuvas que o Estado vem enfrentando há dois verões.
O banco de águas é uma ferramenta que permite a poupança do recurso para os meses de seca se, na época de chuvas, os municípios usam menos vazão do que aquela a que têm direito. Mas, quando chove demais no início do ano e o sistema Cantareira chega aos 100% de armazenamento, é preciso verter água para não comprometê-lo. A água vertida é a do banco de águas do interior. Por isso, alguns membros dos Comitês das Bacias do PCJ querem adiantar a discussão sobre os termos da concessão, que será revista em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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